A Existência da
Verdade Segundo Alguns Filósofos
Para Parmênides e
Zenão, a verdade é o resultado de uma viagem. Esta começa nas casas da Noite,
bairro da cidade de Eléia, cuja simbologia representa o homem que se deixa
levar pelos sentidos, e termina nas portas do tempo, onde Parmênides recebe,
diretamente da boca da deusa Necessidade, a doutrina do Ser, ideia básica de
sua filosofia. Esta metáfora mostra que a verdade não é alcançável para todos,
mas somente para aqueles que fazem esforços.
Para Protágoras, não
há uma verdade objetiva válida. Contudo, sustentava a necessidade do estudo e
da educação, pois não havendo proposições verdadeiras em absoluto, deve-se
saber diferenciar entre as opiniões melhores e piores, mais ou menos úteis ao
indivíduo e à sociedade.
Para Górgias, o
problema da verdade resumia-se nas suas três teses: 1) nada existe; 2) se algo
existisse não poderia ser pensado; 3) se algo existisse e pudesse ser pensado,
não poderia, de qualquer maneira, ser explicado. Como acreditava nessas teses,
era capaz de inventar argumentos que provavam a tese contrária, transformando o
verdadeiro em falso e vice-versa. Era como se dissesse que não havia uma
verdade absoluta, mas somente opiniões; não existe um logos, somente retórica,
persuasão,
Para Sócrates, a
filosofia não ensina a verdade, mas ajuda o individuo a descobri-la sozinho.
Não oferece soluções, mas um método para raciocinar a partir de si mesmo. A
verdade é uma conquista pessoal e a educação é sempre auto-educação, um
processo de amadurecimento interior que pode ser estimulado, mas não provocado,
a partir do exterior.
Para Pirro, é
impossível chegar a qualquer juízo inopinável, universal, indiscutível.
Partindo da universal incerteza que envolve a natureza humana, admitia que
nenhuma proposição pode ser afirmada sem que haja provas de proposição
contrária. Assim, não ter opiniões é a única atitude correta que o filósofo
deveria assumir.
Fonte de Consulta
NICOLA, Ubaldo.
Antologia Ilustrada de Filosofia: das Origens à Idade Moderna. Tradução de
Margherita De Luca. São Paulo: Globo, 2005.
0 comentários:
Postar um comentário